domingo, 28 de julho de 2013

Doce Sacrifício - Capítulo 13 [Forever Halloween]

Musica tema: Misery [The Maine]

Michelle não podia pensar em nada mais constrangedor.
De volta ao ginásio, ela e Raphael encontram as gêmeas Stonem. Vanessa estava linda naquele kimono, parecia uma princesa chinesa, mas era apenas Mulan, com Raphael havia dito anteriormente. Já Ashley tomara um caminho totalmente oposto ao da irmã: enquanto o traje de Vanessa ia até os seus pés, o vestido marrom desta ia, no máximo, até o meio de suas coxas.
Mitch fica sem saber o que fazer quando Vanessa senta-se no colo de Raphael e os dois começam a se beijar.
Constrangedor. Muito constrangedor.
A loira desvia o olhar, observando ao seu redor pela primeira vez. E percebe algo inusitado aos padrões de festas da Roundview: não havia nenhum monitor ali.
- Estranho, não é? – Ashley pergunta, com seu energético em mãos – Não tem nenhum professor por perto e eu não vi a Sra. Hastings, nossa querida diretora, em lugar algum.

Alison e Jessica estavam escoradas em uma das poucas árvores no jardim da escola. A loira encarava um dos bonecos disposto à sua frente. Por causa do capuz que ele usava Alison não podia saber se haviam feito um rosto para o boneco, mas aquela coisa parecia fitá-la com a mesma intensidade. Um arrepio percorre sua espinha e ela quase tem uma parada cardíaca quando o celular de sua amiga toca.
As duas dão uma leve risada pela reação da loira, mas logo o rosto da outra fica sério ao abrir a mensagem que acabara de receber:
“Se David e Josh estivessem se afogando, quem você salvaria primeiro? –G”
- Está tudo bem? – Alison indaga a amiga ao notar o jeito estranho que a mesma olhava para o celular.
Jessica lê a mensagem em voz alta e as duas ficam em silêncio por alguns segundos, até que Alison decide perguntar:
- Então, quem você salvaria?
- Nenhum dos dois, eu não sei nadar – Jess apaga a mensagem e assenta seu celular em cima de sua perna, como se nada tivesse acontecido.
- E você vai deixar por isso mesmo? Não vai nem querer saber o porquê da pergunta?
Antes que Jessica pudesse responder, ela recebe outra mensagem:
“Se eu fosse você, eu me apresaria. –G”
- Você acha que ela fez alguma coisa com eles?
Everdeen prefere não responder. Ela olha ao seu redor, como se esperando encontrar alguma solução do que fazer por entre aqueles bonecos bizarros. Por fim, ela levanta-se.
- Vamos sair daqui.
As duas garotas caminham até a entrada do ginásio, que estava lotado de alunos com as mais variadas fantasias.
- Vem Ali, vamos perguntar se alguém os viu – Jess segura o braço da loira e tenta puxá-la, mas Alison as leva para o lado oposto.
- Vamos começar com o Robin Hood ali – Ali maneia com a cabeça para um canto afastado e Jessica nota o rapaz escorado à parede: Matty.
Enquanto se aproximavam, a garota percebe que se ele trocasse aquela capa verde por uma branca, ele ficaria igual ao carinha do Assassin’s Creed.
Aos vê-las se aproximando, Matt desencosta-se da parede e sorri, mostrando seus perfeitos dentes brancos.
- Hei garotas! Gostando da festa?
Alison dá de ombros e diz:
- Um pouco, até –G aparecer e acabar com tudo.
- Como assim?
Ela lhe conta sobre as mensagens e como acha que talvez David e Josh estejam em perigo.
- Eu não acho que vocês deveriam ficar tão preocupadas. Ela deve estar somente tentando assustá-las.
Jessica nota seu tom calmo e despreocupado. Ela sabia que se a decisão dependesse de Matthew, ele deixaria os dois morrerem afogados. Mas ela não iria desistir assim tão fácil.
- Você não os viu por aí?
- Bem, eu vi o Josh perto da sala do Sr. Snicket com o Taylor há pouco tempo.
- Com o Taylor? Tem certeza?
- Tenho. Josh estava usando uma fantasia de policial, se não me engano. Talvez eles ainda estejam por lá.
- Certo, nós vamos dar uma olhada – Alison puxa Jessica pelo braço, afastando-as dali. – Valeu Matty.
- Disponha – Ele diz baixo, para si mesmo. Afinal, as duas já tinham saído correndo como loucas porta a fora.

Era oficial: Michelle estava odiando aquele Dia das Bruxas. Depois dos vários sustos que tomara, ela ainda tinha que aturar a grudenta da Vanessa o tempo todo em cima do Raphael. ‘Ta certo que eles eram namorados, mas depois de tudo o que aconteceu, Michelle deveria ser a última pessoa a ter que ver todo aquele agarramento. Então ela inventa uma desculpa qualquer para Ashley e sai mais do que depressa dali.
Agora Ash teria que segurar vela sozinha... até parece que ela faria uma coisa dessas.
Assim que Michelle saiu, perdendo-se no aglomerado de jovens dançando, Ashley resolveu que estava na hora de divertir-se de verdade e então vai até a pista de dança. Às vezes arrependendo-se de ter ido de Pocahontas: aquele vestido era muito curto e ela tinha que ficar parando para arrumá-lo o tempo todo.

Definitivamente não era assim que Alison pretendia passar a sua noite.
Andar por todo o colégio a procura de dois garotos que ela nem sabia ao certo se deveriam ser procurados era um saco. Ela olha novamente para a tela de seu celular, lendo mais uma vez a mensagem que recebera há pouco:
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. –G
Por que mesmo aquela maluca estava citando Chaplin? Não importa, a dica estava bem clara: ela queria que Alison fosse até o teatro da escola.
Ali pondera sobre isso: ir a um lugar vazio, possivelmente escuro, só porque –G a mandara? Isso com certeza não ia terminar bem pra ela.
Do outro lado do pátio, a loira vê uma garota de vestido vermelho entrar no prédio onde fica o teatro. Ali estranha, afinal não há motivos para alguém ir lá sozinha há essa hora. A não ser que essa garota seja... não! Ia ser fácil e óbvio demais. Mas de qualquer jeito, Alison decide fazer a vontade de –G e ir até lá.
Uma atitude muito estúpida essa. E Alison descobriria isso rapidinho.

Bela hora para perder o celular, David!
- Rachel? – David a chama, sentando-se ao seu lado, mas ela continuava a fitar o nada como se não tivesse ouvido-o então ele a chama mais uma vez. – Rachel?
- Hm? – Ela vira a cabeça em sua direção, o encarando com olhos vermelhos. David já havia percebido que ela não estava bêbada, mas sim drogada. Parece que uma certa pessoa gosta de dopar os outros e depois trancá-los nos momentos mais inoportunos.
- Rachel, você está com o seu celular aí contigo?
- Não. Ele estava na minha bolsa, mas o urso azul a pegou de mim.
Urso azul? Certo... quando o efeito disso vai passar mesmo?
- Agora fique quieto. Eu estou tentando te ignorar aqui – Rach afasta-se de David, apoiando a cabeça na parede, e volta a encarar as cortinas da janela, que balançavam conforme o vento soprava.
- Por quê? O que foi que eu fiz?      
- Você quer mesmo falar sobre isso agora?
Sim. David queria falar sobre isso e, já que os dois estavam presos ali sozinhos, por que não agora?
- Qual é Rach! Só porque terminamos não significa que não podemos ser amigos.
A gargalhada que Rachel dá em seguida deixa David ainda mais confuso e irritado. O que ele disse de mais?
- David, por favor! Você não é o tipo de cara que têm amigas. Com você tem sempre algo a mais.
Ótimo! Outra que acha que eu sou ninfomaníaco!
- E se não fizemos isso antes – Rach fica de quatro e engatinha até ele, deixando seus rostos bem próximos. – Não vamos fazer isso agora. Se bem que... – A garota morde o lábio inferior e deixa a conclusão da frase para a mente de David.
Os dois sozinhos naquela sala pouco iluminada... parecia o cenário ideal.
Rachel ajoelha-se ao lado de David e puxa-o pela nuca, beijando-o em seguida. Ela sabia que se fosse longe demais ele a pararia e caso não o fizesse, bem, ela estava chapada demais pra se preocupar com isso agora.
As mãos de David abraçam a cintura da garota, que mantinha os lábios colados nos seus, mas ele os separa quando o ar se faz necessário.
- Rachel...
E ela nunca vai saber o que ele ia dizer, pois o barulho da porta abrindo-se pega-a de surpresa e ela se afasta de David. Os dois olham para a entrada da sala e vêem duas figuras de preto adentrarem-na.
Os dois jovens levantam-se e antes que pudessem esboçar qualquer reação, as duas pessoas aproximam-se e um deles puxa brutalmente Rachel pelo braço. David tenta ajudá-la, mas o outro acerta-lhe um soco no rosto, fazendo-o cambalear para trás. Ele tenta ver o rosto do sujeito, mas ele estava mascarado.
Dav sente outro soco lhe atingir e esse o faz cair no chão, ele nota que a figura encapuzada deixara algo em cima duma das mesas antes de fugir junto com seu parceiro, que carregava uma Rachel desacordada nos braços. Com certo esforço, David levanta-se e vai até o objeto em cima da mesa, e não sabe se fica feliz ou ainda mais preocupado ao perceber que era o seu celular.
Quando foi que eles o pegaram?
__________________________________________________________________
Olha que legal: nevou no meu estado, mas não na minha cidade ¬¬' Aqui só teve "chuva congelada" (Quione, por que você me odeia?).
Whatever. A música que escolhi pra esse capítulo é muito linda, então peço de coração que ouçam-na.
Comentários do cap. 12 respondidos aqui: ~le clica~
(^3^)~chu

domingo, 21 de julho de 2013

Doce Sacrifício - Capítulo 12 [Let's play a game]

Musica tema: Far From Never [The Pretty Reckless]

Olhando para seu reflexo no espelho, Alexandra retoca a maquiagem, ajeita seus cabelos castanho-claros e depois de se certificar de que estava apresentável, deixa o banheiro.  Assim que chega à porta, dá de cara com Jeremy encostado à parede.
- Jeremy?
- Madison estava aí com você?
- Não. – Ela o examina por um instante, percebendo logo o seu estado apreensivo. – Está tudo bem?
- Sim, eu só preciso falar com ela. Você tem alguma ideia de onde ela possa estar?
- Bem, Rachel está na biblioteca ajudando Sra. Benson, talvez ela esteja lá também.
- Ok, valeu Lexis.
O garoto vai a passos largos até a biblioteca do Roundview, chegando lá ele pergunta sobre sua namorada, mas ninguém havia a visto. Para onde ela foi? Ele vai apresado até o banheiro perto da lanchonete, porém a garota loira que saíra dali lhe garantiu que era a única pessoa que estivera ali dentro.
Jeremy puxa uma grande quantidade de ar para seus pulmões, soltando-o logo em seguida de uma vez só. Ele tinha que voltar ao ginásio para terminar a decoração, antes que algum monitor o pegasse perambulando pelo colégio. Depois ele iria até a casa de Madison e conversava com ela, agora ele tinha que mergulhar a cabeça de Cassandra num tanque com ácido.

Mais um corte.
Madison olha atentamente o sangue escorrer de sua coxa esquerda e cair no piso gelado.
Ela passa uma folha de seu caderno no chão e outra em sua perna, limpando qualquer resquício do líquido escarlate. Em seguida, Mady abaixa sua saia, pega suas coisas e deixa a sala de aula apressadamente. Ela chega ao portão da escola, agradecida por não ter topado com nenhum conhecido, e pega o caminho de volta para casa.
Durante o percurso, ela não conseguiu impedir as lágrimas de escorrerem pelo seu rosto. Talvez o que Cassandra disse nem fosse verdade, mas aquilo havia afetado Madison de tal forma que até ela ficou incomodada. “Quando foi que você começou a se importar tanto com o que os outros pensam Madison?

No outro dia
Por todo o pátio do colégio havia abóboras acesas espalhadas e bonecos encapuzados com mantos negros, posicionados de forma a parecer que poderiam te atacar a qualquer momento.
Nick e David adentram o prédio de aulas e dão uma volta pelos corredores, que eram iluminados por uma luz azul. Fantasmas de papel pendurados perto das lâmpadas eram projetados nas paredes e quando balançavam por causa do vento, era como se fantasmas estivessem mesmo passando por ali.
Os dois garotos continuam andando, desviando dos outros alunos sem prestar muita atenção em suas fantasias, até que avistam duas garotas com roupas comuns: camisetas laranja, calças jeans e tênis all stars. Eles as reconhecem de imediato: Jessica Everdeen e Alison Fitzgerald.
- Líderes de torcida? – A loira pergunta assim que eles se aproximam.
- Perdemos uma aposta pra Alexandra. – David revira os olhos, amaldiçoando a “irmã” por fazê-los pagar esse mico.
- Bem, pelo menos ela tem criatividade. – Jessica diz divertida, ela estava se segurando para não rir dos garotos de saia, blusinha apertada e pompons nas mãos a sua frente.
- Vocês por outro lado resolveram serem bem práticas.
- Ah, eu não tenho paciência pra ficar escolhendo fantasia. – Alison explica.
- Então só colocou sua camiseta do Acampamento Meio-Sangue e veio de semideusa? – Sim, Nick conhecia as personagens do tio Rick.
- Aproveitei o cabelo loiro e resolvi ser Annabeth Chase por uma noite. O que achou? – Ela estende os braços ao lado do corpo e olha para sua roupa.
- Que Percy Jackson é um cara de muita sorte. – O garoto dos cachinhos responde após dar uma boa olhada na loirinha.
- Infelizmente, essa Annabeth não tem um Perseu.
- Bem, é ele quem está perdendo.
Os dois trocam um sorriso e David e Jessica se entreolham, cientes do clima que estava rolando. Até que David se lembra que o cara ao seu lado tem namorada e esta é a filha do seu padrasto.
- Hei cara, lembrei que tínhamos que encontrar o seu irmão no ginásio. Até depois garotas. – Dav puxa Nick dali, indo em direção ao ginásio do colégio. – Mas que porra foi aquela?
- O que? – Nick franze o cenho, confuso.
- Você estava cantando a Alison cara!
- David não viaja! Foi só um elogio.
- Sei. Deixa a Alexandra saber, ela vai arrancar as suas bolas fora. – David diz, soltando uma risada nasalada.

Michelle anda apreensiva pelo corredor, ele não precisava ser tão escuro. Ela para em frente a um espelho que foi colocado ali sabe-se lá por qual razão e ajeita sua fantasia de Cinderela. A garota tem um sobressalto ao ver o reflexo de outra pessoa atrás dela.
- Hei calma! – Ele tira a mascara e Mitch solta um suspiro de alivio ao ver o rosto de Raphael. – Sou só eu.
- Eu odeio levar susto! – Ela diz, ainda com a mão no peito tentando controlar a respiração.
Rapha ergue uma sobrancelha. A garota não gosta de se assustar, mas vem na noite de Halloween do colégio?
- Então por que veio?
- Digamos que eu seja facilmente influenciada. – E ela estava a ponto de matar Nicole por isso. Era para as duas se encontrarem ali, mas parece que sua amiga resolver desaparecer.
O barulho de algo se quebrando faz o coração de Michelle dar outro pulo.
- Você ouviu isso?
Ela agarra a manga da blusa de Raphael e ele solta uma risada divertida.
- Você deveria ter ficado em casa, Michelle. – Ele continua rindo, o que acaba por irritá-la então ela lhe da um tapa no braço. – Outch!
- Cala a boca.
Michelle olha atentamente para Raphael pela primeira vez. Ele estava usando uma blusa branca, um colete preto e calça social na mesma cor, mas ela só consegue entender do que se tratava sua fantasia por causa da capa amarrada ao pescoço e a máscara branca em sua mão. Ela ergue uma sobrancelha.
- Fantasma da Ópera?
- Não me olhe com essa cara, isso foi ideia da Vanessa. – Raphael revira os olhos. Aquela roupa era tão gay.
- Ela veio do que?
- Daquela personagem chinesa que usa kimono. Mulan, eu acho.
- Mas isso não tem nada a ver com a sua fantasia.
- E daí?
- Geralmente os casais não vêm com fantasias combinando?
Raphael dá de ombros, pensando em qual seria sua fantasia se tivesse que combinar com a de sua namorada. Aquele dragão vermelho talvez? Ainda bem que Vanessa não teve essa ideia.

~”~
Sala 3, bloco C. Não vai querer deixá-la esperando, vai?
O bilhete não estava assinado, mas David tinha suas suspeitas de quem o mandara. Ele pára em frente à sala da Srta. Fray. Receoso, o garoto guarda o papel no bolso e abre a porta da sala. Quem ele não deveria deixar esperando?
O coração de David dá um pulo ao notar uma garota sentada num canto, encostada à parede e entretida contando os tacos do piso.
- Rachel?
A garota levanta o olhar devagar, notando primeiramente os tênis brancos, depois a saia verde na altura dos joelhos e a blusinha na mesma cor com detalhes em branco. Ela sorri, levantando-se do chão, mas ao ver a cara da líder de torcida desfaz o sorriso e arqueia as sobrancelhas.
- David?
Thompson abre a boca para perguntar o que a garota fazia ali, mas tem sua chance roubada pelo barulho da porta fechando-se atrás de si. Com um péssimo sentimento de déjà vu, David caminha rapidamente até a porta e gira a maçaneta. Estava trancada. Que surpresa!
Ele bate na porta e grita para chamar a atenção de quem estivesse passando por ali, mas o corredor estava vazio. Eles estavam no final de um bloco no terceiro andar, longe do ginásio e das salas temáticas. Ninguém nunca o ouviria ali.
Nunca mais entro num cômodo com fechaduras das quais eu não tenha as chaves
- É. Nunca confie em homens de uniforme.
David olha para a garota presa ali com ele: vestido preto com gola branca, meia-calça e um sapato de salto também na cor preta e seus longos cabelos negros separados em duas tranças laterais. Sem dúvidas era a Wandinha Addams. É, Rachel Martim se jogou de cabeça no espírito de Halloween.
Dav franze o cenho, confuso com o que ela acabara de dizer.
- Como assim?
- Um policial me disse para esperar aqui, não lembro o motivo, mas se eu soubesse que você viria, teria ficado no ginásio com as meninas.
- Quem era o policial?
- Eu não sei, não consigo me lembrar do rosto dele. Por que aqui está tão escuro? – Ela olha preocupada para David, mas logo começa a rir.
- O que foi agora?
- Você está usando saia! – Rachel coloca uma mão na barriga, sentindo pontadas ali de tanto rir. David suspira e balança a cabeça negativamente. Ela só podia estar bêbada.
_______________________________________________________________________
Eu sei, eu sei. Estamos apenas na metade de julho, mas na história já chegamos nessa época do ano. E acho que vocês não iriam querer que eu ficasse em hiatu até outubro, certo? Anyway, obrigada girls pelos comentários até agora. As respostas para os do capítulo anterior estão aqui. Daqui pra frente a história vai ficar mais tensa, -G ficou inspirada haha ' . Eu estava pensando se vocês sabem a origem da letra "G" aqui, caso não, vou explicar: ela vem de Gossip, do TheGossip - site de fofocas do Roundview que andou meio sumido na história, mas logo aparecerá pra dar um "oi". Well, já falei demais, até outra hora sweethearts!
K-ON *u*

sábado, 13 de julho de 2013

Doce Sacrifício - Capítulo 11 [Sweet Disaster]

Musica tema: Lego House [Ed Sheeran]

Esparramada no sofá, enquanto acabava com uma barra de chocolate encontrada aberta na geladeira, Jessica assistia a mais um episódio de Dexter. No momento em que seu serial-killer favorito fazia um homem gritar feito uma garotinha, a campainha tocou. Jess olha para o relógio do seu celular: 09:37 p.m. Estava um pouco tarde para visitas. Sem muita vontade, a garota desliga a televisão e vai atender a porta.
- David?
- Hei Everdeen! – O garoto em pé a sua frente esboça um meio sorriso e, tirando as mãos dos bolsos da calça jeans, adentra a residência, sem delongas. – Sentiu a minha falta?
Nossa quanta educação!” Jessica fecha a porta após ele passar e o olha com uma cara de tédio.
- Fala logo o que você quer.
- Só vim ver como você está. Sua mãe estava preocupada em te deixar sozinha aqui.
Ela cruza os braços e ergue uma sobrancelha, com um sorriso de canto ela pergunta:
- Minha mãe? Ela te disse isso, é?
- Sim... mas não exatamente pra mim.
- Tanto faz. Eu sempre fico sozinha aqui, não tem com o que se preocupar.
- Eu sei... – David anda até um canto da sala, examinando os objetos da estante ali exposta. – Ela disse algo sobre você estar diferente, mais distante, que quase nunca para em casa... Por acaso você voltou aos maus hábitos?
Jessica segura uma risada por aquela última frase.
Maus hábitos? Apenas diga a palavra Thompson
- Talvez. – A garota da de ombros. – O que você tem a ver com isso?
David não responde, só anda em direção a escada. Ele não estava ali quando ela começou com aquilo há quase dois anos, ele não a ajudou. Mas agora ele estava determinado a fazer isso.
- Ei! Aonde você vai? – Ela o segue escada a cima e entra em seu quarto logo após ele.
Subconscientemente, David sabia exatamente por onde começar a procurar. Ele pega a terceira boneca da prateleira e arranca sua cabeça. Ele não podia acreditar na sorte que tinha. Jessica era esperta, mas mantinha as mesmas táticas para esconder coisas.
- David...
- Você sabe que isso causa câncer e um monte de outras doenças, certo? – Ele tira o frasco cheio de comprimidos achatados de dentro da boneca, segurando-o firme em sua mão. Ele sabia que ela iria tentar pegar.
- Eu já tive essa aula, mas obrigada mesmo assim.
- Eu não vou deixar você fazer isso a si mesma.
David vai até o banheiro dela assim que ela começa a andar em sua direção, rapidamente ele abre o frasco e vira-o dentro do vaso sanitário.
- David Clayton Thompson, nem pense em fazer isso!
- Tarde demais. – O garoto puxa a descarga e com um “não!” desesperado Jessica tenta impedi-lo, mas como ele mesmo disse: era tarde demais.
Ela fica estática, olhando para os comprimidos que desciam junto com a água. Segundos depois, ela fala num tom aterrorizantemente calmo:
- Você tem ideia do quanto isso me custou?
- Não mais do que a sua vida.
- Quer saber? – Ela o olha sorridente. – Isso não importa. Não é tão difícil arrumar mais, eu só tenho que ligar pro Matty e... – Ela puxa seu celular do bolso detrás da calça, mas antes que pudesse digitar qualquer número, David o toma de suas mãos. – Ei!
- Me espere aqui, eu vou ali matar o Matthew rapidinho e já volto.
- Menos David! Agora devolva o meu celular.
- Não. Vamos, eu acabei de salvar a sua vida e eu não ganho nem um beijinho por isso? – Ele aproxima-se dela, com aquele meio sorriso malicioso típico dele.
Ele ta brincando né?
- Thompson, eu já estou muito puta com você, então não me provoque!
Ele chega ainda mais perto, colocando as mãos em volta de sua cintura e sussurra em seu ouvido:
- Eu provoco você?
- Não foi isso o que eu quis dizer – Ele começa a beijar o seu pescoço e ela solta um suspiro involuntário. “Por que mesmo eu estava brava com ele?” – Eu tinha esquecido que você era ninfomaníaco*.
- Eu não sou ninfomaníaco!
- Jura? E qual foi o maior período de tempo que você ficou sem fazer sexo porque quis? E lembre-me de novo: por que mesmo a Rachel terminou com você?
- Isso não quer dizer nada. – Pela expressão dele, Jessica pôde perceber que a primeira coisa que ele faria na manhã seguinte seria procurar um psicólogo. – Mas você ainda não respondeu a minha pergunta. – David cola o corpo da garota ao seu e morde o lóbulo da orelha esquerda dela.
- Vê se isso aqui responde. – Ela o beija e o puxa pela camisa até a sua cama.

~”~
Madison desce da balança, completamente frustrada. Ela ganhara mais um quilo. E as pílulas que –G deixara em seu quarto haviam acabado. Como Madison não fazia à menor ideia de quais remédios eram aqueles, ela não tinha como conseguir mais.
Se ela continuasse nesse ritmo, a única fantasia que ela conseguiria para o halloween seria de lua cheia.
Uniformes escolares são uma merda, mas pelo menos aquela camisa branca era longa o suficiente para que caso Madi levantasse os braços, não mostrasse os cortes em sua barriga. Pelo seu reflexo no espelho, ela encara os novos cortes na coxa direita: mais alguns centímetros e a saia do uniforme não os cobririam. Enquanto ajeitava sua gravata, Madison amaldiçoava mentalmente a pessoa que teve aquela ideia estúpida. Tudo o que ela menos queria agora era mostrar suas pernas de elefante.

~”~
- Eu não acredito que ela está grávida. Grávida do Taylor! Eu quero bater nela por ter se envolvido com aquele idiota, e matá-lo por ser tão imbecil e não apoiá-la! – Matthew reprime sua vontade de gritar, afinal ele estava numa biblioteca. E mesmo que fosse num canto isolado e só tivessem ele e Raphael ali, era melhor não extrapolar. A Sra. Benson – a bibliotecária mais chata da Terra – tinha uma ótima audição, e uma péssima mania de tirar os “baderneiros” de sua biblioteca aos puxões de orelha.
Passando a mão pelos títulos dos livros na prateleira, Raphael dá de ombros, acrescentando à conversa:
- É o Taylor, o que você queria? Que ele despertasse seus instintos paternos de uma hora pra outra?
Ele estava certo e Matt sabia muito bem disso. Taylor era calculista, frio, egoísta e ele não fazia a menor questão em esconder isso. Emily sabia disso, mas mesmo assim se jogou em seus braços na primeira oportunidade. Uma pequena parte de Matt achava merecido ela estar nessa situação agora, porém a outra parte o repreendia por esse pensamento.
- Agora pare de se remoer, você está parecendo o marido traído. – Rapha encontra o livro que procurava e o coloca em cima de outros dois livros dos quais precisava. “Maldito professor de História!

Matt sai da biblioteca e enquanto andava para sua sala de aula, vê Taylor conversando num canto com uma garota de cabelos vermelhos. Naomi. Ele passaria direto, mas sua curiosidade falou mais alto. Matthew não podia chegar mais perto se não eles o veriam, então era impossível ouvir o que diziam, mas pelos seus gestos e expressões Taylor e Naomi pareciam estar discutindo. O garoto tenta recordar se alguma vez já os vira juntos, mas aquela era a primeira. Sobre o que eles estariam falando? Se ele pudesse, daria um de Frank Zhang* e se transformaria em uma mosca para poder ouvi-los, mas como não podia ele seguiu direto para a aula do Sr. Quagmire.

~”~
No ginásio do Roundview, alguns alunos ajudavam a montar a decoração de halloween. Na cabeça de Ashley, o resultado ia ficar muito foda. Ela ainda se parabenizava pela ideia da luz projetar sombras de fantasmas nas paredes.
Mas ao contrario dela, Jeremy parecia cansado e distante. E ela sabia muito bem a causa de sua preocupação:
- Você falou com a Madison?
- Eu tentei, mas não sei como fazer isso. Principalmente com ela fingindo que está tudo bem.
- Entendo. Com Vanessa também foi difícil. Acho que só deu certo por causa do Raphael.
Por mais que ela não gostasse de admitir, o garoto havia feito um belo trabalho ao ajudar sua irmã. Mas por alguma razão ela ainda não conseguia confiar nele, o que era uma droga, porque se ela estivesse certa em desconfiar, aquilo poderia acabar com Vanessa.
- Não se preocupe vocês vão conseguir. E se precisar de ajuda é só pedir.
- Valeu Ash. – Jeremy sorri, agradecido, e Ashley sorri de volta, pensando que ele ficava muito fofo sorrindo daquele jeito, o que lhe dava vontade de colocá-lo num potinho e ficar observando-o.
- Será que da pras duas mariquinhas pararem de fofocar e me ajudarem aqui? – Cassie estendia a falsa teia de aranha nos braços, de pé no último degrau da escada. Ao se abaixar pra pegar a fita adesiva da mão de Jeremy ela se desequilibra. O garoto segura as barras de ferro da velha escada, mas era tarde, Cassie acaba por cair em cima de Ashley.
- Meu Deus! Vocês estão bem?
- Totalmente. – A voz de Ashley sai abafada e aguda devido ao peso (Cassie) em cima dela.
- Desculpe... – Cassie fica de pé e ajuda Ashley a se levantar também.
- Tudo bem, foi apenas um acidente.
Cassandra olha por cima do ombro de Ash e sorri. Então volta a falar com a morena:
- Fique feliz que era eu e não a namorada do Jeremy.
- Cassie! – Ash a repreende, olhando-a com surpresa, assim como o próprio Jeremy.
- O que? Vocês podem chamá-la de gorda e eu não?
- Você disse isso?
Jer olha para trás, encontrando uma Madison de expressão chocada e olhos marejados.
- Não! Eu... – Madison sai correndo dali, sem dar a chance de Jeremy se explicar. – Madison espera! – Ele corre atrás dela e Ashley olha séria para Cassie.
- Pensei que tínhamos parado com as provocações.
- Eu parei, só estava me sentindo um pouco nostálgica. – Cassandra sorri, sem nem um pingo de culpa e dá de ombros – Eu não sei por que você se importa. Pelo o que me lembro você não era muito fã da Madison também.
_________________________________________________________________
*Ninfomaníaca: pessoa que apresenta um nível elevado de desejos e fantasias sexuais.
*Frank Zhang: personagem fictícia da série Os Heróis do Olimpo, de Rick Riordan, filho de Marte (Ares). Tem a capacidade de se transformar em qualquer animal que desejar, mítico ou real.

Hei pessoas! Aqui estou eu, de layout novo, com mais um capítulo de DS, espero que tenham gostado. Respostas dos capítulos 9 e 10, obrigada por comentarem, vocês são demais!
John *-* Sintam-se "hugadas"

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Selinho (=*u*=)

Hey there! DS ganhou mais um selinho, e dessa vez é da Erika - obrigada linda (let me love you!)


Regras:
Repassar para 5 blogs:

Colocar o link de quem te passou:

Fazer um postagem com as regras;

Colocar os créditos em: Glamorous Productions

É isso, beijos!
PS: Só eu que achei que no gif - por "leitura labial" - a Demi fala "what the fuck"? (pra você perceber o meu nível de "retardadisse")

Doce Sacrifício - Capítulo 10 [The Lovers That Went Wrong]

Musica tema: Youth [Daughter]

Sentada numa mesa do refeitório, com a bandeja intocada a sua frente, Jessica observava as pessoas ao seu redor. Mais necessariamente duas pessoas: seu ex-namorado e a amiguinha sorridente dele.
Matt percebe seu olhar para eles e, sem pensar, solta a infeliz sentença:
- Josh tem passado bastante tempo com aquela garota ruiva. Quem é ela?
- Naomi – Jessica responde como se aquele nome fosse uma doença contagiosa.
Para melhorar o estado da amiga, Alison resolve fazer uma de suas maravilhosas piadas:
- Será que ela sabe que seu nome de trás pra frente significa “eu gemo”?
Jessica já sabia disso, mas a lembrança lhe fez soltar uma leve risada
- Valeu Ali.
- Eu tenho vários comentários guardados sobre ela. Sempre que quiser é só pedir.

Emily agacha-se na frente do sanitário e vomita todo o seu almoço. Ainda de joelhos, ela bate na parede com seu braço esquerdo para extravasar a raiva.
- Sai de dentro de mim! – A garota grita em desespero, amaldiçoando até a vigésima geração de Taylor. A culpa disso era toda dele!
- Emily?
Droga!” Ela olha para cima, para a garota morena que chamara seu nome. Vanessa senta-se ao seu lado, secando as lagrimas do rosto pálido de Emily.
Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, a outra afasta suas mãos dela e levanta-se. Emily sai do banheiro, apresada, deixando a amiga para trás. Ela não queria e nem podia falar sobre aquilo com ninguém. Não agora.

Já era noite quando Raphael chegou ao E-Zine. Ele estaciona seu carro numa das vagas perto da quadra de basquete, não estava a fim de correr hoje. Raphael estava pronto para sair do carro, quando algo chama a sua atenção: pelo retrovisor ele vê Harry em um canto com uma garota loira. Michelle? Não, muito pior: Dakota!
Sem pensar duas vezes Raphael vai ao encontro dois. “O que aquele idiota está fazendo?
Harry, que ria com a garota, avista Raphael se aproximando e fecha a cara. “Eu devia ter escolhido um lugar melhor...
- Hei Rapha! – Dakota sorri para o garoto parado a sua frente. Sem aviso prévio Raphael a puxa pelo braço, afastando-a de Harry. – EI! – Ela começa a protestar, mas ele encarava o outro garoto com uma expressão assassina... era melhor ela ficar quieta.
- O que você tem na cabeça Harry?! Ela é sua uma criança!
- Sem drama Duncan, por favor! E eu não a obriguei a nada, ela está aqui porque quis.
- Agora você passou dos limites, cara. Vem Dakota, vou te levar pra casa.
- Não! Eu quero ficar aqui. – Dakota dá um passo à frente, tentando chegar até Harry, mas Raphael a puxa novamente.
- Vamos pra casa Dakota, agora!
- Eu sei que você ta todo caidinho pela Michelle, mas também não precisa bancar o meu pai! – Ela diz enquanto era puxada até o carro de Raphael.
Harry ergue uma sobrancelha. “Caidinho pela Michelle?” Mas Dakota estava chapada. Será que ele deveria levar aquilo a sério? Pobre Vanessa. Se for assim, ela vai acabar perdendo o namorado.

Jogada em sua cama, Michelle assistia entretida a um episódio antigo de Doctor Who pelo computador, amaldiçoando a pessoa que acabara de tocar a campainha, tirando-a de seu tranquilo descanso. Batendo os pés no chão, ela vai até a porta, olhando confusa para as duas pessoas paradas ali.
- Raphael? Dakota? O que...
- Eu a encontrei no E-Zine com o Harry, e você já sabe o novo hobby dele, certo? – Raphael a olha, esperando que ela juntasse as peças. E assim que ela o faz, Michelle olha com espanto para a irmã mais nova.
- Dakota! Você está usando drogas?
- Não vamos fazer disso um drama teen. – Dakota passa por ela, deixando os dois sozinhos na soleira da porta. Relutante, Michelle olha para Raphael
- Obrigada por trazê-la pra casa. – Essa era a primeira vez que eles se falavam depois daquele beijo. Ela ainda sentia o gosto amargo da culpa.
- Não foi nada. – Raphael coloca as mãos nos bolsos da calça jeans. – Eu... hum, boa noite.
Ele volta para o seu carro e Michelle fecha a porta, pegando uma grande quantidade de ar e soltando-o logo em seguida.
- Se você contar alguma coisa ao nosso pai – Michelle vira-se para olhar a irmã, de braços cruzados ao pé da escada – eu conto pra namorada do Raphael sobre aquele beijo.
- Você está me chantageando?
- Não é uma chantagem, é um acordo entre irmãs. Você mantém a boca fechada, e eu também.
Quem ensinou essa garota a ser tão fria? Ah, é. Fui eu...
- Tudo bem. Mas não se acostume com isso!
Dakota abre um sorriso vitorioso e sobe as escadas. Bendita hora que ela olhou por aquela janela.

~”~
Em meio à bagunça de seu armário, Emily procurava pelo seu livro de biologia, xingando a si mesma em pensamento por ser tão desorganizada. Quando finalmente consegue encontrá-lo, um ser aparece ao seu lado para acabar com sua alegria.
- Precisamos conversar.
- Não precisamos não. – Emily fecha seu armário e começa a andar na direção contraria.
- Emily! Eu só estou tentando te ajudar. – Vanessa vai atrás dela, pegando em seu braço para que ela parasse, e ponderando o tom de voz por estarem no meio do corredor. – Você já contou sobre isso pra alguém?
- Eu não contei nem a mim mesma...
- Você sabe que vão perceber, não sabe? Em um ou dois meses sua barriga vai começar...
- Eu sei! Ok? Eu sei! – Emily volta a andar, apertando o livro contra a barriga. E o pior de tudo era que Vanessa estava certa. Uma hora ela terá que contar que está... Como ela poderia fazer isso se nem mesmo consegue dizer a palavra?

Alison olhava de um lado para o outro do refeitório. Ela desiste de seu almoço, era como se ela estivesse mastigando tensão sólida. As aulas haviam começado somente há um mês, como tudo virou de cabeça pra baixo tão rápido? A começar com Matt e Emily: ela parecia mal, sentada sozinha, às vezes dirigindo o olhar a Taylor ou Matt, que não parecia notá-la, talvez porque ele estava ocupado demais fingindo que o resto do mundo não existe. Depois vinha Raphael, que olhava discretamente para Michelle enquanto fazia de conta que prestava atenção no que sua namorada Vanessa dizia.
Madison e Jeremy também pareciam estranhamente distantes. O único ponto favorável que Alison conseguia ver ali eram Harry e Alexandra conversando animadamente e Nick não dando à mínima. Provavelmente porque estava muito entretido trocando torpedos com Ali. Ok, esse ponto só era favorável a ela própria.
Ao seu lado, Jessica repara que David não parava de olhar sobre o ombro dela, para onde ela sabia que Rachel estava sentada.
- Dá pra parar com isso David, você esta me assustando!
- Ela nem mesmo olha na minha cara! – Ele diz, mais para si mesmo.
- Dê um pouco de espaço a ela. Ela precisa superar você. – Alison devolve, assim que aperta o botão enviar em seu celular.
- Quanto tempo isso leva?
- Dizem que para uma garota “esquecer” o ex-namorado, leva o mesmo tempo do namoro. No nosso caso, eu levei oito meses pra esquecer você completamente – Jessica explica, usando uma teoria psicológica que aprendeu em um artigo qualquer.
Completamente? Obrigado pela parte que me toca
- E dois anos pra voltar a falar comigo. – Ele retruca, imaginando se com Rachel seria a mesma coisa.
- Exatamente. Mas Rachel não parece o tipo de pessoa que guarda rancor, então espere uns quatro meses e daí você pode tentar ser amigo dela de novo. – Jess sorri, com falsa compaixão óbvia. Não que ela não goste de Rachel ou algo assim, ela só estava cansada de todo aquele remorso do garoto sentado à sua frente. Além do mais, ela tinha o próprio remorso no qual se afundar. Apesar de Josh parecer feliz, ela não confiava nada em sua nova amiga Naomi. Embaixo daquela cabeleira ruiva se escondiam chifrinhos. Jessica só precisa de uma forma de mostrar isso a ele.

– Um mês depois –
Emily olhava com receio para seu celular, o visor mostrando a mensagem que ela já lera centenas de vezes:
Use isso a seu favor. Não me decepcione – G
Aquela garota só podia estar de brincadeira! Como um bebê que ela não quer ter pode ser útil para alguma coisa? O máximo que ela já conseguiu foi quase ser morta pelos pais na sala de estar quando finalmente decidiu contar a eles sobre a gravidez. E agora ela estava ali de novo, com Taylor e os pais de ambos.
Taylor ainda negava a paternidade, alegando que só tomaria alguma decisão quando tivesse cem por cento de certeza que o filho era dele. Mas Emily confirmava com tanta convicção que seus pais foram obrigados a tomar partido. O Sr. Holdman até chegou a sugerir que a garota abortasse, mas os pais de Emily eram católicos devotos, nunca aceitariam isso. Muito menos Emily depois do que aconteceu com Ashley quando esta fez um aborto no ano passado*. Então tudo o que podiam fazer era esperar até que fosse possível realizar um teste de DNA. E enquanto isso, Emily sofreria sozinha as consequências da gravidez indesejada.
Ela até considerara contar a Taylor sobre as insistências de –G, mas por algum motivo ela decidiu que manteria aquilo para si mesma, talvez porque ela já sabia o que ele iria dizer: ninguém vai desconfiar de uma pobre garota grávida.
_________________________________________________________________
Obs: Naomi de trás para frente fica I moan, o que significa "eu gemo" em inglês (obrigada JJ por essa informação);
No ano anterior, Ashley ficara grávida de Matthew, mas ela fez um aborto, o que lhe causou alguns problemas e no final ela teve que fazer uma cirurgia para remover o útero (isso aconteceu no antigo DS e eu resolvi deixar esse fato para a readaptação);
Visitem o Tumblr de DS (já vou postar alguns "spoilers" lá).
Bye bye!

sábado, 6 de julho de 2013

Tumblr de DS + Divulgação

Olá povo õ/
Num momento de puro tédio, eu resolvi criar um Tumblr para a história Doce Sacrifício (na verdade era um tumblr desativado meu) e é esse aqui.
Lá eu vou postar prévias, fotos e outras coisas sobre a fic, além das musicas temas de cada capítulo.

E aproveitando que eu estou aqui, vou deixar duas dicas de leitura:
Fanfics Of Paradise
De menina pra menina 
E deem uma olhadinha nos Afiliados porque eu coloquei blogs novos (se o seu estiver ali, retribua por favor).
Beijos - TheGossip